cada coisa tem seu lugar


cada coisa em seu lugar,
meu coração passeia pelos sonhos,
a deriva, a merecê de ventos indescritíveis
refém da alma inquieta e errante
preso em doces pesadelos azuis
a vida não é azul, nem de cor alguma
e é também de todas as cores
meu coração percorre todas elas
seria leviano se não amasse
seria bravo se não chorasse
seria gelado se calasse

como ler a vida
sem atentar ao dito do coração
não sei o que me reserva o futuro
conheço tão pouco essa realidade
ainda nem aprendi a interpretar o hoje
como poderia compreender o futuro?

as razões ficam vazias
por isso mantenho meu coração aberto
porém ele já não é livre.

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